Os carros evoluiram, mas tem coisas...

Estava eu, saindo às pressas do trabalho para buscar minhas filhotas na "Santa Colônia de Férias do PIC " (www.pic-clube.com.br/ferias) quando meu carro, quase novo, gente, começa a engasgar. Meu coração já começa a disparar. Imagina: à noite, longe do meu bairro (ia adiantar se fosse perto?), el maridón viajando (perdoem o plágio ao www.brincandocasinha.blogspot.com , tenho o direito, meu marido é argentino), sem o João (antigo motoqueiro da empresa e salvador da Claudia), minha filha sem celular (proibi que levasse, já que não é recomendado pelo clube) e claro, eu não tinha o telefone do clube. Tudo isso pensei em questão de segundos. Já fui rezando para pelo menos conseguir parar em um local permitido, pois, senão logo engarrafaria todo o trânsito e ainda ouviria "tinha que ser mulher". Ufa! Consegui encostar. Gritei por socorro pra todos que eu lembrei: 1° prá Eliane que estava na Dolce Lari mais próxima, aí pensei, não, é melhor o Juan, meu enteado, irmãos mais velhos devem ajudar nestes momentos. Coitadinho, saiu lá de longe com a namorada (perdão Carol) e foi buscar as meninas. Enquanto isso já olhei o manual e vi que o desenho (parece uma torneira grossa) que estava aceso no painel significava que " alguma avaria se passou com o motor e com certeza o combustível foi sendo gasto rapidamente". Realmeeeeeeente... observei que durante o percurso... o ponteiro em poucos minutos foi abaixando como o carro mais anti-ecológico do planeta. Ah, e que o adequado seria "levar a uma concessionária mais próxima sem muito esforço". Contem isso pro carro, pois, ele não quis andar de jeito nenhum (também parece que gasolina foi mesmo a zero). Liguei pro marido, que estava em Salvador, prá deixá-lo com a consciência pesada, pois eu tinha avisado que o carro "não parecia bem a alguns dias". Em poucos minutos já estava o reboque, a Eliane para me levar até o carro do Laércio, já que ele estava em Salvador com o meu marido (mas é dia de semana, eles foram trabalhar. Eu sei. Sei?) E de quebra ainda tinha a opção de ir rebocada junto com o carro, pois, o trajeto até a concessionária passaria pela minha casa. Descobri no final de tudo que:

1. Mulher desesperada ou aparentando desespero sempre consegue ajuda.

2. Manual de carro é fácil de entender, pena que não sobra tempo prá ler antes.

3. Tecnologia não vale quase nada nesta hora, pois, em que me ajuda ler no painel "avaria no motor". Quando os carros não tinham painel digital tínhamos que mandar o carro prá oficina igual. Só não sabíamos com antecedência o que era. E convenhamos "avaria no motor", "procure assistência", não é lá grandes evoluções.

4. Seguro é o melhor amigo da mulher: tem reboque em até 30 minutos graças a concorrência (lembra quando demorava hoooooooooooras) e claro trocam pneus.

5. Carro com muito porta treco só serve pra gente ter que juntar muitos "trecos" na hora de ir prá oficina.

6. Manter uma grande bolsa ecológica dentro do carro é muito útil nestas horas. Não serve só para ir a padaria. Para ir a padaria, pelo contrário sempre descemos do carro sem ela.

7. Continuo minha batalha contra os celulares de cartão. Nesta horas podem não ter créditos. Glória aos pós pagos.

8. Ficar viciada em joguinhos no celular é perigoso, você pode ficar sem bateria em horas não recomendadas, mesmo que elas tenham muita autonomia.

Já ia me esquecendo: e o carro do Laércio sem nenhuma gasolina, nem cheiro pro frentista ver se era álcool ou gasolina. Pensei: troquei seis por meia dúzia. Mas deu tudo certo, valeu Laércio, não é ingratidão. Só um comentário. Comam um acarajé por mim.

Escapei por pura sorte e muita reza.